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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2014 Lindsay Armstrong

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Uma exceção à sua regra, n.º 1583 - Dezembro 2014

Título original: An Exception to His Rule

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5832-9

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Volta

Capítulo 1

 

Damien Wyatt estava no seu escritório, no piso superior. Usava calças de ganga, uma t-shirt caqui e botas de cano alto, bem visíveis porque tinha os pés em cima da secretária.

As janelas estavam abertas e as rosas do jardim, lá em baixo, estavam em flor. Assim como o jasmim que trepava pela fachada da casa. Mais à frente, atrás do muro do jardim, o mar banhava uma baía azul e acolhedora. Ouvia-se o barulho das ondas e sentia-se o sal no ar.

– Espera – pediu, com o sobrolho franzido. – Há a possibilidade de a menina Livingstone, de quem estamos a falar, ser Harriet Livingstone? Porque, se assim for, esquece.

Arthur Tindall, perito em arte e com preferência por roupa colorida, usava calças de ganga e um colete azul, com elefantes pretos, sobre uma camisa vermelha, olhou para ele, revelando confusão.

– Já a conheces? – perguntou, do outro lado da secretária.

– Não sei. Se houver duas Harriet Livingstone, talvez – salientou Damien, num tom rouco.

– Pode haver. Duas, quero dizer – esclareceu Arthur. – Ao fim e ao cabo, não estamos em África, onde seria difícil haver mais de um doutor Livingstone a aparecer de repente.

– Entendo – Damien sorriu. – Como é a tua Harriet? Uma rapariga alta e magricela, com cabelo despenteado e um gosto estranho no que se refere a roupa? – e arqueou uma sobrancelha, inquisitivo.

– Alta, sim – Arthur pensou por um instante. – Bom, não é gorda, a roupa é… Não me lembro muito bem da roupa.

– Viste-a pessoalmente? – quis saber Damien, com uma certa ironia.

– Claro – Arthur pensou por um instante e animou-se. – Vou dizer-te uma coisa, tem pernas muito compridas!

– As cegonhas também têm – comentou Damien. – Não posso dizer o mesmo da minha menina Livingstone – acrescentou. – Quer dizer, como é tão alta, é óbvio que tem pernas compridas, mas não sei se eram bonitas, porque estavam tapadas por uma espécie de saia comprida, cruzada.

O olhar de Arthur perdeu-se no vazio, como se tentasse recordar. Depois, pestanejou.

– Óculos! – exclamou, triunfante. – Grandes, redondos e de aros vermelhos. Além disso… – franziu o sobrolho e concentrou-se. – Tinha um ar distraído, embora isso pudesse atribuir-se à miopia, como se a sua mente estivesse fixa em coisas mais importantes, superiores – fez uma careta.

– Se for a mesma rapariga, chocou comigo há cerca de dois meses – Damien fez uma careta, com desagrado. – Usava óculos grandes, redondos, com aros vermelhos – acrescentou.

– Oh, meu Deus! A do Aston? Oh, meu Deus! – repetiu Arthur.

– Isso não chega para o descrever – Damien olhou para ele, com ironia. – Só tinha o seguro obrigatório e «o tanque» que conduzia mal sofreu um arranhão.

– Tanque?

– Podia ser. Era um todo-o-terreno velho, com barras dianteiras – Damien encolheu os ombros.

– Como aconteceu?

– Guinou o volante para evitar um cão e não foi capaz de retificar a tempo – Damien Wyatt tamborilou com os dedos na secretária.

– Alguém ficou ferido?

– O dono do cão recuperou-o em perfeito estado. Ela só partiu os óculos.

Fez uma pausa, ao recordar a discussão depois do acidente e o facto curioso de Harriet Livingstone ter uns olhos azuis, impressionantes.

– Isso não é assim tão mau – murmurou Arthur.

– Mas não é tudo – corrigiu Damien, cortante. – Eu parti a clavícula e os danos no meu carro, bom… – encolheu os ombros. – O incidente custou-me uma pequena fortuna.

Arthur não comentou que, por muito que tivesse gastado, não teria deixado rasto na enorme fortuna de Damien Wyatt.

– Portanto, querido Arthur – continuou Damien, com sarcasmo, – se houver a menor possibilidade de ser a mesma rapariga, entenderás que não esteja disposto a deixá-la solta por aqui.

Arthur Tindall viu algo frio e até sombrio nos olhos escuros de Damien, mas decidiu que não estava disposto a render-se sem lutar.

Fosse ou não a mesma rapariga e parecia que sim, prometera a Patricia, a sua jovem esposa, deliciosa e manipuladora, que conseguiria o emprego para a amiga, Harriet Livingstone.

– Damien, mesmo que seja a mesma rapariga, o que ainda não sabemos, é muito boa – inclinou-se para a frente. – A coleção da tua mãe não poderia ficar em melhores mãos, acredita. Trabalhou numa das casas de leilões de arte mais prestigiosas do país – abanou a mão para dar ênfase às suas palavras. – O pai era um reputado restaurador de arte e as referências dela são impecáveis.

– Mesmo assim, acabaste de me dizer que tem um ar distraído – replicou Damien, impaciente. – E essa mulher chocou com o meu carro!

– Talvez se despiste com outras coisas, mas não no trabalho. Verifiquei que sabe muito, não só sobre pintura, mas também sobre porcelana, cerâmica, tapetes, miniaturas… Todo o tipo de coisas. E tem experiência a catalogar.

– Parece ser uma estrela das antiguidades – comentou Damien, cáustico.

– Não, mas é a única pessoa familiarizada com a mistura de coisas que a tua mãe colecionava. A única que pode ter ideia do seu valor ou saber a quem poderia vendê-las, determinar o que precisa de ser restaurado e fazê-lo, se for possível…

– Arthur, eu entendo – Damien levantou a mão. – Mas…

– Bom… – interrompeu Arthur, chegando-se para trás. – Se for a mesma rapariga, é muito provável que nada a convença a trabalhar para ti.

– Porque dizes isso?

Arthur encolheu os ombros e cruzou os braços sobre o colete amarelo e preto.

– Não duvido que tenhas sido bastante desagradável com ela, depois do acidente.

– É verdade que perguntei se a carta de condução lhe tinha saído na farinha amparo – Damien esfregou o queixo.

– Já ouvi coisas piores. Foi só isso?

– É possível que tenha dito outras coisas, pouco aduladoras. No calor do momento, claro. O meu carro ficou destruído. E a minha clavícula…

– As mulheres não veem, necessariamente, as coisas da mesma maneira. Em relação aos carros, quero dizer – Arthur voltou a agitar as mãos no ar. – Embora um veículo seja pura excelência e elegância, é possível que não as afete tanto como a um homem, ao vê-lo destroçado.

Damien mordiscou o lábio e pegou no telefone, que tocava discretamente.

Arthur levantou-se e dirigiu-se para a janela grande. A vista era fantástica. De facto, Heathcote, lar da dinastia Wyatt, era uma propriedade magnífica. Criavam gado e cultivavam nozes no distrito de Northern Rivers, Nova Gales do Sul, mas o que gerava a maior parte da fortuna era a maquinaria agrícola e, ultimamente, a maquinaria para a indústria mineira.

O avô de Damien fundara a empresa, desenhando e fabricando um trator, mas dizia-se que Damien triplicara a fortuna, investindo em maquinaria para as minas. E, na Austrália, a indústria mineira estava no auge.

A sua ligação com os Wyatt começara graças ao pai de Damien e ao seu interesse pela arte. Juntos tinham reunido uma coleção de que podiam orgulhar-se. Há sete anos, os pais de Damien tinham falecido no mar, quando o seu iate se afundara. Em consequência disso, ele herdara a coleção.

Depois, descobrira a vasta coleção de objetos de arte da mãe, que o resto da família decidira evitar. Contudo, Damien demorara vários anos a tomar uma decisão e a procurar o seu conselho.

A primeira sugestão de Arthur fora que empacotasse tudo e enviasse para uma empresa perita em arte, para ser avaliado. No entanto, Damien, com o apoio da tia, recusara-se a permitir que os tesouros da mãe saíssem de Heathcote. Tinham-lhe pedido para procurar alguém que fizesse o trabalho ali.

Não era tarefa fácil, visto que Lennox Head, a vila mais próxima de Heathcote, era muito longe de Sidney, de Brisbane e Gold Coast, as cidades mais próximas.

Por isso, quando Penny lhe apresentara Harriet Livingstone, parecera ser um presente dos deuses.

Arthur virou-se e estudou Damien Wyatt, que virara a cadeira e continuava a falar ao telefone. Aos trinta e um anos, Damien era atlético, magro e poderoso. Media cerca de um metro e noventa, tinha costas largas e a habilidade de parecer confortável em qualquer lugar. Algo nele indicava que, para além de saber estar ao ar livre, batalhar com os elementos, gerir propriedades e desenvencilhar-se com tudo o que era mecânico, tinha sorte com as mulheres.

Sem dúvida, tinha uns bonitos olhos escuros que, com frequência, cintilavam, mostrando a sua inteligência viva e a sua personalidade marcante.

Tal como Penny comentara uma vez, não podia dizer-se que Damien era bonito, mas era devastadoramente atraente e viril.

Tinha cabelo escuro e forte, e um intelecto poderoso. Gostava de levar a sua avante e, às vezes, fazia-o de uma forma cortante e com irritabilidade como, pelos vistos, a pobre Harriet Livingstone verificara.

De repente, Arthur questionou-se porque é que, se fosse a mesma rapariga, permitira que intercedesse por ela, para trabalhar com Damien Wyatt. Devia ter reconhecido o nome. E, certamente, teria lembranças muito desagradáveis do incidente.

Sobretudo, devia ser muito difícil acreditar que lhe ofereceria trabalho, sabendo que destruíra o seu adorado Aston Martin e fizera com que partisse uma clavícula.

Interrogou-se a que se devia o seu interesse por voltar a ver Damien Wyatt. Talvez tivesse planos ocultos. Engoliu em seco, quando pensou que podia estar a planear, se conseguisse o emprego, roubar alguns dos tesouros da coleção e fugir.

– Eh!

Assustado, regressou ao presente e viu que Damien acabara a chamada e olhava para ele, interrogante.

– Desculpa – e sentou-se rapidamente.

– Como está Penny?

Arthur hesitou. Embora Damien fosse sempre extremamente cortês com Penny, tinha a sensação de que não olhava para ela com aprovação.

Ou talvez pensasse com um certo cinismo no facto de, depois de anos de celibato, ter caído nas redes do casamento. Estava perto dos cinquenta e era vinte anos mais velho do que Penny.

Pensou que, provavelmente, se tratava disso. No entanto, Damien Wyatt não tinha de se sentir superior nesse sentido. Mesmo que não fosse vinte anos mais novo do que a esposa, tinha um fracasso matrimonial no seu passado. Um grande fracasso.

– Arthur, em que estás a pensar?

– Em nada! – defendeu-se.

– Pareces estar a quilómetros daqui – comentou Damien. – Penny está bem ou não?

– Está bem. Muito bem – afirmou Arthur. Para sua tristeza, tomou uma decisão súbita. – Olha, Damien, mudei de opinião a respeito de Harriet Livingstone. Não me parece que seja a pessoa indicada. Dá-me uns dias e procurarei outra.

– É uma mudança de opinião muito repentina – estudou Arthur Tindall com um olhar penetrante e escrutinador.

– Sim, mas até um cego podia ver que é muito improvável que se deem bem, portanto… – Arthur deixou a frase por acabar.

– Onde vais encontrar alguém à altura da menina Livingstone? – Damien recostou-se na poltrona. – Ou será que tinhas exagerado nas suas qualidades? – perguntou, com uma certa ironia.

– Nada disso! – negou Arthur. – E não sei onde a encontrarei, mas farei o que estiver ao meu alcance.

– Posso recebê-la – Damien esfregou o queixo.

– Eh, espera um momento – Arthur ergueu-se, indignado. – Não podes mudar assim de opinião!

– Há alguns minutos, tinhas esperança de me convencer a fazê-lo.

– Quando?

– Quando disseste que sou a última pessoa do mundo para quem ela trabalharia. Tinhas esperança de que me incomodasse e despertasse o meu afã de batalha, ao ponto de me fazer mudar de opinião – fez uma careta. – E eu fi-lo.

– E, o que te levou a fazê-lo? O teu ego enorme? – quis saber Arthur, depois de pensar um instante.

– Não sei – Damien sorriu. – Trá-la aqui, para que lhe faça uma entrevista amanhã à tarde.

– Damien – Arthur levantou-se, – devo dizer que não posso dar garantias sobre a rapariga.

– Estás a dizer que tudo o que me disseste sobre os seus antecedentes, referências e tudo o resto era mentira? – Damien arqueou as sobrancelhas.

– Não – negou Arthur. – Verifiquei todas as referências que me deu e são reais, falei com ela sobre diversos assuntos artísticos, como mencionei, mas…

– Simplesmente, trá-la aqui, Arthur – interrompeu Damien. – Trá-la aqui.

 

 

Apesar de ter repetido a ordem, depois de Arthur se ir embora, Damien Wyatt ficou imóvel por alguns minutos, questionando-se porque fizera o que acabara de fazer.

A única resposta sensata que lhe ocorreu foi que se sentira obrigado a fazê-lo, embora não fosse por causa das palavras de Arthur.

Talvez fosse por curiosidade. Interrogava-se por que motivo Harriet Livingstone podia querer ter alguma coisa a ver com ele depois de, tinha de admitir, ter sido tão desagradável com ela. Talvez fosse por vingança?

Pensou, com cinismo, que era mais provável que fosse um truque para se aproximar dele. Mais uma razão para se recusar a receber aquela rapariga.

Refletiu sobre as outras razões que podiam ter influenciado o seu processo mental. Talvez o aborrecimento? Duvidava. Tinha bastante que fazer para manter seis homens ocupados. Dentro de alguns dias, teria de viajar para o estrangeiro e, no entanto…

O seu olhar perdeu-se no horizonte. Ainda havia a possibilidade de não ser a mesma rapariga.

 

 

Às três da tarde, no dia seguinte, Harriet Livingstone e Arthur Tindall foram guiados para o salão de Heathcote por uma mulher alta e angulosa, de cabelo curto e grisalho como o aço. Arthur chamou-lhe Isabel e beijou-a na face, mas não a apresentou. Arthur parecia preocupado e distraído.

Damien Wyatt entrou por outra porta, vindo do exterior, acompanhado por uma cadela grande.

Deixou os óculos de sol numa mesa e disse alguma coisa à cadela jovem e forte, que se sentou e, alerta, olhou à sua volta.

– Ah… – murmurou Damien Wyatt, depois de estudar breve mas exaustivamente Harriet e verificar que era a mesma rapariga. – Voltamos a encontrar-nos, menina Livingstone. Quase me tinha convencido de que não seria a mesma pessoa ou que, se fosse, não viria.

– Boa tarde, senhor Wyatt! – cumprimentou, num tom quase inaudível.

Damien semicerrou os olhos e lançou um olhar interrogante a Arthur. Como continuou impassível, voltou a concentrar-se em Harriet Livingstone.

Naquele dia, não usava uma saia cruzada, mas um vestido de linho azul-marinho. Não era muito comprido, nem muito curto, mas fazia com que os olhos dela parecessem ainda mais azuis. De facto, o vestido era discretamente elegante, tal como os sapatos de couro, azul-marinho, e salto raso. Os lábios curvaram-se, ao pensar que ela raramente usaria saltos altos. Questionou-se como seria para uma rapariga ser tão alta, mais do que muitos homens que conhecia. Porém, não era mais alta do que ele.

Em seguida, estudou o cabelo. Loiro, pelos ombros e com tendência a frisar-se, já não dava a impressão de a terem arrastado entre os sarçais. Estava apanhado com um laço preto. A maquilhagem era discreta. De facto, o conjunto era elegante, clássico e discreto. Era fácil imaginá-la num conceituado salão de leilões de arte e antiguidades, ou num museu.

No entanto, isso fê-lo franzir o sobrolho em vez de sorrir, a maior diferença entre a rapariga que chocara com ele e a Harriet Livingstone que tinha à sua frente, era que já não estava tão magra. Esbelta, talvez, mas não esquelética.

Apesar de ter passado de magricela a esbelta e de o aspeto ser mais composto, era óbvio que continuava tensa como a corda de um piano.

Também era óbvio que tinha umas pernas sensacionais.

– Bom – começou por dizer, – tinhas razão, Arthur, mas vamos diretos à questão. Pus algumas coisas da minha mãe na sala de jantar. Por favor, venha e dê-me a sua opinião sobre elas, menina Livingstone.

Deu um passo e a cadela levantou-se, e dirigiu-se para ele, não sem antes parar para olhar para Harriet com uma curiosidade quase humana. Quando Harriet observou o animal, parte da sua tensão pareceu abandoná-la.

Ao perceber isso, Damien semicerrou os olhos.

– Desculpe, esqueci-me das apresentações. Esta é Tottie, menina Livingstone. O seu nome completo é muito complicado. Algo me diz que gosta de cães.

– Sim – Harriet estendeu a mão, para que Tottie a cheirasse. – É uma das razões por que o conheci – murmurou. – Pensei que tinha atropelado um cão e fiquei paralisada.

– Suponho que isso lhe pareceu pior do que matar-me, não é verdade? – e pestanejou.

– Claro que não – Harriet Livingstone deixou que Tottie lhe lambesse a mão. – Não foi nada disso. Lamento, mas não tive tempo para pensar, foi tudo muito rápido.