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HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2009 Brenda Streater Jackson

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Irresistível, n.º 970 - maio 2017

Título original: Westmoreland’s Way

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9869-1

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

– Sei que é muito importante para vocês investigarem o máximo possível sobre o vosso avô e desejo-vos a melhor sorte nessa tarefa. Se alguma vez precisarem de alguma coisa, os teus irmãos, os teus primos e tu sabem que os Westmoreland de Atlanta estão aqui. Podem ligar-nos a qualquer momento.

Dillon Westmoreland bebeu o seu copo de vinho antes de fixar o olhar no homem mais velho. Conhecera James Westmoreland onze meses antes. Chegara a Denver, Colorado, com os seus filhos e sobrinhos, afirmando que eram família. Tinham a documentação que o provava.

– Obrigado – respondeu Dillon.

A sua inesperada aparição no Shady Tree Ranch tinha respondido a muitas perguntas, mas gerado muitas outras.

Depois de anos a pensarem que não tinham qualquer parente vivo fora de Denver, era bom saberem que havia outros… e não tinham hesitado em recebê-los como se fossem do seu próprio sangue.

Dillon olhou em volta da recepção nupcial que estavam a oferecer em homenagem ao seu primo Reggie e à esposa dele, Olivia. Dillon e os outros Westmoreland de Denver tinham-se encontrado oficialmente com o grupo de Westmorelands de Atlanta numa reunião familiar, há uns meses. Uma troca de olhares bastou para saber que eram parentes. Os traços, a tez e as expressões eram praticamente iguais. O que não o devia surpreender, tendo em conta que os seus bisavós, Reginald e Raphael, eram gémeos verdadeiros.

Nesse momento, Dillon já conhecia a história de como o seu bisavô, Raphael Westmoreland, se afastara da família aos vinte e dois anos. Tinha saído de Atlanta, na Geórgia, com a esposa de um pastor da cidade. Considerado um acto desprezível, passou a ser a ovelha negra da família e nunca mais se voltou a saber nada dele.

Muitos deram por certo que tinha morrido antes de fazer os vinte e cinco anos, com uma recompensa sobre a sua cabeça por roubo de esposa. Poucos sabiam que tinha chegado a Denver, tinha casado e tinha um filho que lhe deu dois netos, que por sua vez o tinham abençoado com quinze bisnetos. Dillon tinha orgulho em afirmar que, aos trinta e seis anos, era o bisneto mais velho de Raphael. O que deixava o legado dos Westmoreland de Denver sobre os seus ombros.

Não tinha sido fácil, mas estava determinado a ser o chefe de família e parecia que não se tinha saído assim tão mal. Os quinze tinham prosperado por méritos próprios, mesmo os três que ainda estavam na universidade. Embora tivesse de fazer uma grande esforço para passar por cima do assunto do seu irmão mais novo, Bane, cujos episódios esporádicos com a lei obrigavam Dillon a apresentar-se na esquadra com mais frequência do que gostaria.

– Continuas decidido a averiguar a verdade sobre o que sucedeu às outras esposas do teu bisavô, ou se as suas relações anteriores chegaram a oficializar-se? – perguntou-lhe James Westmoreland.

– Sim. No final do ano, mais ou menos por volta de Novembro, vou tirar um tempo livre da empresa para viajar até ao Wyoming – confirmou.

Através da investigação genealógica de James Westmoreland, tinha localizado a sua família. Nesse momento cabia ao ramo de Denver encontrar as respostas que ainda o obcecavam sobre o seu bisavô. Era uma das causas pelas quais a viagem para Wyoming era tão importante para ele.

– Está bem, Dillon, o tio James teve-te só para ele durante muito tempo.

Não conseguiu conter um sorriso quando o seu primo Dare entrou. Se alguém tivesse alguma dúvida sobre se se os Westmoreland de Atlanta e de Denver eram parentes, a única coisa que tinham que fazer era compará-lo com Dare. Os seus traços eram tão semelhantes que bem podiam ser irmãos em vez de primos.

– Não interessa – comentou com sinceridade. – Estou a gostar muito.

– Mas não penses que é só divertimento – respondeu Dare com um sorriso enorme. – Assim que a Reggie e a Olivia forem de lua-de-mel, vamos ao Chase’s Place para um jogo de póquer.

Dillon levantou uma sobrancelha.

– Da última vez que joguei póquer convosco quase perdi a camisa! – exclamou num tom divertido.

Dare deu-lhe uma palmada no ombro.

– A única coisa que posso responder a isso, Dillon, é: bem-vindo à família.

Capítulo Um

 

– Mas tu perdeste a cabeça, Pam? Não me interessa o que digas, não podemos deixar que faças isso. Já renunciaste a muitas coisas por nossa causa. Não podemos.

Pamela Novak sorriu ao olhar por cima do ombro e ver as três caras que olhavam para ela com o sobrolho carregado, e imediatamente decidiu que seria melhor prestar-lhes toda a sua atenção. Secando as mãos com um pano, virou-se de costas para o lava-loiça e estudou os seus rostos.

Perguntou-se o que seria preciso fazer para que as suas irmãs compreendessem que tinha que fazer o que tinha que fazer. Fletcher estava a pressioná-la para casarem na altura do Natal, mas já estavam na primeira semana de Novembro e ainda não tinham fixado uma data. Ele ia puxar o assunto cada vez que a visse. Tinha deixado claro que não queria um noivado longo e, pensando bem, isso também não era muito bom para ela.

Mordeu o lábio inferior e tentou estabelecer uma estratégia rápida mas eficiente. Se conseguisse convencer a sua irmã Jillian da importância de fazer aquilo, Paige e Nadia não demorariam a segui-la. Mas convencer Jillian era o grande desafio. Jill não gostava do Fletcher.

– E o que vos leva a pensar que é uma coisa que me vejo obrigada a fazer? – decidiu perguntar finalmente às três.

Claro que quem respondeu foi Jillian. Jill, como lhe chamavam quase todos em Gamble, Wyoming, tinha dezassete anos, estava quase a acabar o secundário e era mesmo muito teimosa. Também era muito inteligente. O maior desejo de Pam era que saísse de Gamble no Outono seguinte e que fosse inscrever-se na Universidade de Wyoming, em Laramie, para cumprir o seu sonho de ser neurocirurgiã.

E Paige, de quinze anos, e Nadie, de treze, não demorariam a estar prontas a satisfazer as suas aspirações.

Pam queria certificar-se que, chegado o momento, haveria fundos para a universidade. Também queria garantir que, se as suas irmãs quisessem voltar a Gamble, continuassem a ter um lar ali. Tinha a certeza que aceitar a proposta de casamento de Fletcher tornava todas essas coisas possíveis.

– Estás a sacrificar a tua felicidade, Pam. Não somos parvas. Que mulher no seu pleno juízo quereria casar com um idiota como o Fletcher Mallard? – disparou Jill.

– Não é um idiota – teve de esforçar-se para manter uma expressão séria ao afirmar isso. – De facto, é um homem agradável.

– Quando não se mostra desagradável e arrogante, que é a maior parte do tempo. Já pensa que pode mandar cá em casa. Estamos muito bem sem ele – foi a resposta amarga de Jill. Deteve-se para recuperar o fôlego e prosseguiu: – Não nos interessa se perdemos esta casa e não nos incomodaria minimamente se não pudéssemos receber uma educação universitária. Não vamos permitir que cases com alguém dessa estirpe para proteger o que imaginas serem os nossos futuros brilhantes. E por falar em futuro, devias pensar em voltar para a Califórnia para trabalhar num filme a sério em vez de dedicares o teu tempo a ensinar alunos a actuar em aulas de teatro. Estudaste para ser actriz, é o teu sonho de toda a vida. A tua paixão. Não devias tê-la abandonado por nós.

Pam respirou fundo. Já tinha passado pelo mesmo com as suas irmãs. O problema era que sabiam demais sobre a situação, coisa que desejaria que não tivesse acontecido.

Infelizmente, estavam em casa no dia em que Lester Gadling, o advogado do seu pai, se apresentara para lhe comunicar a má notícia, e as suas irmãs tinham ouvido.

– Mas não estou na Califórnia. Estou muito contente por estar em Gamble e por dirigir a escola de arte dramática, oferecendo a outros a oportunidade que me deram a mim – replicou, fazendo uma breve pausa antes de acrescentar: – Oiçam, meninas, tomei estas decisões porque vos adoro.

– E nós também te adoramos, Pammie – respondeu Nadia, – mas não podemos deixar que abdiques da oportunidade de um dia conheceres um homem realmente agradável e…

– O Fletcher é agradável – interrompeu ela. Mas o seu esforço só recebeu três revirares de olhos.

– Não, não é – contradisse-a Paige. – Um dia eu estava no banco e vi-o tratar mal uma das raparigas da caixa por estar a fazê-lo esperar muito tempo na fila. Acha-se importante por ser dono de uma cadeia de supermercados.

– Muito bem, viste o seu lado mau uma vez – concedeu Pam. – Mas no fundo é uma pessoa amável. Está disposto a ajudar-nos, não é?

– Sim, mas pensa no que ele vai ganhar. A nossa casa e a mulher solteira mais bonita de Gamble – assinalou Jill.

– Uma mulher solteira que daqui a poucos meses vai fazer trinta anos. Não acham que está na hora de casar?

– Sim, mas não com ele – implorou Jill. – Qualquer um menos ele.

Pam olhou para o relógio de parede da cozinha. O Fletcher ia jantar lá a casa e ia chegar a qualquer momento, por isso precisava de mudar de assunto urgentemente. Tinham que aceitar que estava noiva e que ia seguir em frente.

Ela sabia perfeitamente que Fletcher tinha defeitos e que às vezes conseguia ser arrogante, mas podia tolerá-lo. O que se recusava a tolerar era que as suas irmãs perdessem a única casa que conheciam e a oportunidade de realizarem os seus sonhos, indo para as universidades que queriam.

Não pôde evitar pensar no que teria passado pela cabeça do seu pai quando decidira hipotecar a casa pela segunda vez… hipoteca que devia ser cancelada no ano do seu falecimento. Mas ela nunca ia conseguir juntar um milhão de dólares.

Fletcher, no papel de amigo, fizera-lhe uma proposta que ela não tinha recusado. Ele tinha plena consciência de que não seria uma união por amor. No entanto, ela desempenharia as suas funções de esposa segundo o estipulado. Os dois queriam ter filhos um dia. E Pam estava decidida a tirar o máximo partido do seu casamento e ser uma boa esposa.

– Quero que as três me façam uma promessa – disse às suas irmãs.

– Que promessa? – Jill olhou para ela com suspeita.

– Quero que me prometam que vão fazer tudo o que eu vos pedir no que diz ao meu compromisso com Fletcher. Como respeito vossa irmã mais velha, vão deixar-me muito feliz se apoiarem o meu casamento com ele.

– Mas, vais ser realmente feliz, Pammie? – perguntou Paige com uma expressão que dizia que precisava mesmo de saber a verdade.

Não, não ia ser realmente feliz, mas as suas irmãs não tinham de saber isso. Nunca deveriam conhecer a extensão do sacrifício que estava a fazer por elas. Com isso em mente, levantou o queixo, olhou-as nos olhos e contou uma mentira que soube que no final estaria bem justificada.

– Sim – fez um sorriso falso. – Vou ser realmente feliz. Quero casar com Fletcher. E agora, façam-me essa promessa.

Jill, Paige e Nadia hesitaram por um momento e depois disseram em uníssono:

– Prometemos.

– Está bem.

Quando Pam se virou para o lava-loiças, as três jovens olharam umas para as outras e sorriram. Ao fazer a promessa tinham cruzado os dedos atrás das costas.

 

 

Enquanto Dillon subia pelo longo atalho marcado como Propriedade Novak, pensou que provavelmente era uma descortesia chegar lá a casa sem ligar primeiro.

Tinha chegado a Gamble, Wyoming, de manhã cedo nesse dia com uma missão em mente: saber quem tinham sido as outras quatro esposas do seu bisavô, as que tivera antes de casar com a sua bisavó, Gemma. Der acordo com a pesquisa genealógica que James Westmoreland tinha feito, Gamble era o primeiro lugar onde Raphael assentara depois de sair de Atlanta, e um homem chamado Jay Novak tinha sido seu sócio numa leitaria.

Dillon queria ter ligado, mas não tinha rede no seu telemóvel. Roy Davis, o proprietário do único hotel de Gamble, explicara-lhe que isso era porque Gamble se encontrava numa zona rural, onde ter rede era quase impossível. Dillon tinha abanado a cabeça. Era absurdo que ainda houvesse cidades sem rede.

Finalmente, tinha conseguido entrar em contacto com a sua secretária para saber como iam as coisas no escritório. Não ficou surpreendido por estar tudo sob controlo, já que tinha contratado as pessoas certas para se certificarem de que a sua empresa imobiliária multimilionária continuava a ser um sucesso mesmo sem ele estar lá.

Estacionou atrás de outro carro no pátio e observou a enorme casa vitoriana com o telhado de madeira. Era muito parecida com a sua casa de Denver e perguntou-se se seria coincidência.

Pelo que tinha ouvido, ali viviam quatro irmãs, sendo a mais velha Pamela Novak. Sabia que ela tinha tido uma carreira prometedora como actriz na Califórnia, mas regressara a Gamble depois da morte do pai. Nesse momento, dirigia uma escola de teatro que uma antiga professora lhe deixara de herança.

Depois de sair do carro alugado, aproveitou para esticar as pernas. Era alto, como quase todos os Westmoreland, e por isso mesmo sempre tinha gostado de jogar basquetebol. Estava prestes a iniciar uma carreira na NBA quando lhe chegou a notícia do acidente de avião que roubara a vida aos pais e aos tios, deixando catorze Westmoreland menores ao seu cuidado.

Não tinha sido fácil. Tammi, a sua namorada na universidade, jurara-lhe que permaneceria ao seu lado independentemente das circunstâncias. Menos de seis meses depois de terem casado, voltou para a casa dos pais alegando que não conseguia viver num rancho com um grupo de pagãos.

Isso acontecera depois de fracassar na tentativa de o convencer a colocar o seu irmão Bane, com oito anos na altura; os seus primos de dez anos, os gémeos Adrian e Aiden, e Bailey, de sete, em lares de acolhimento, visto que estavam sempre a causar problemas.

Dillon tinha percebido que a maior parte das malandrices eram tentativas desesperadas de chamar a atenção depois da morte dos pais.

Mas Tammi não percebeu isso quis acabar com o casamento. Uma coisa boa que tinha resultado do divórcio era que compreendera que o seu destino era ficar solteiro e, enquanto fosse o cabeça de família, assim iria continuar.

Outra coisa positiva do divórcio foi que os Westmoreland mais jovens, com excepção de Bane, se tinham sentido culpados pela saída de Tammi e tinham melhorado o seu comportamento. Naquele momento, os gémeos e Bailey já estavam na universidade. E Bane… continuava a ser o Bane.

– Está perdido, senhor?

Dillon virou-se rapidamente e encontrou-se com dois pares de olhos castanhos a uns metros de distância. Gémeas? Não, mas podiam passar por tal. Nesse momento viu que uma das adolescentes se pôs à frente da outra.

– Bom, está ou não?

Sorriu. Era evidente que não tinha falado suficientemente rápido para elas.

– Não, não estou perdido se esta for a casa dos Novak.

A mais alta das duas disse:

– Sou uma Novak. As duas somos.

Dillon riu-se entre dentes.

– Então, acho que estou no lugar certo.

– E quem quer ver?

– A Pamela Novak.

A mais baixa assentiu.

– É a nossa irmã. Está em casa a falar com ele.

Dillon levantou uma sobrancelha. Não fazia ideia de quem era ele, mas pelo modo desagradável como o dissera, não tinha a certeza se queria saber.

– Se estiver ocupada, posso voltar mais tarde – comentou, dirigindo-se ao carro.

– Sim, porque pode enfurecer-se, se achar que veio ver a Pammie – indicou a mais alta.

As duas raparigas olharam uma para a outra e sorriram, e nos seus olhos brilhou uma expressão maliciosa. E então, gritando a viva voz, disseram:

– Pammie, está aqui um homem que quer ver-te!

Dillon apoiou-se no tejadilho do carro, com os braços cruzados, sabendo que as adolescentes se estavam a divertir à sua custa. Não sabia se isso lhe agradava ou não, até que a porta se abriu. Nesse momento, até se esqueceu de respirar. Pela porta saiu uma mulher de uma beleza estonteante. Estava a franzir o sobrolho, mas isso não fazia nenhuma diferença. A única coisa que contava era que era a mulher mais bonita que alguma vez tinha visto.

Não passava do metro e setenta de estatura e era esbelta, com as curvas apropriadas bem definidas pelos jeans que tinha vestidos. O cabelo preto fluía em torno dos seus ombros e a tez castanha realçava as suas feições. A cor dos seus olhos era da mesma tonalidade castanha intensa que a das duas jovens e exibia um nariz de duende que era perfeito para o seu rosto. Era uma beleza de cabelos negros que o deixou literalmente embasbacado.

– Ei, está em propriedade privada. Posso ajudá-lo em alguma coisa?

A pergunta foi formulada em voz alta por um homem muito grande que estava mesmo atrás dela, na porta. Olhava para ele como se a sua presença o incomodasse muito.

De imediato, deduziu que devia tratar-se do «ele» de que as raparigas tinham falado, e estava prestes a responder quando a mais alta das duas se antecipou.

– Não, não podes ajudá-lo porque não te veio ver a ti, Fletcher. Veio ver a Pammie.

Fletcher franziu o sobrolho ao mesmo tempo que a adolescente sorria. Era evidente que estava a tentar provocá-lo de propósito.