desj1002.jpg

 

HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2010 Brenda Streater Jackson

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

O objecto do seu desejo, n.º 1002 - julho 2017

Título original: What a Westmoreland Wants

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9170-287-0

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Capítulo Catorze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Callum Austell olhava para o homem sentado atrás da grande secretária de madeira com as pernas esticadas. Ele e Ramsey Westmoreland eram amigos desde que se conheceram e Callum acabava de o convencer de que ele era o homem ideal para fazer a sua irmã, Gemma, feliz.

Porém, sabia que o seu plano tinha uma pequena falha, que lhe iria sair cara se Gemma Westmoreland descobrisse que a viagem à Austrália que lhe ia propor tinha como objectivo demonstrar-lhe o quanto a amava.

– Só espero que saibas o que estás a fazer – disse Ramsey, interrompendo os pensamentos de Callum. – A Gemma vai-se passar se descobrir o que estás a tramar.

– Eu conto-lhe antes de ela chegar a esse ponto, mas depois de já se ter apaixonado por mim – respondeu Callum.

Ramsey arqueou a sobrancelha.

– E se as coisas não correrem como estás à espera?

Qualquer mulher acharia romântico o enorme esforço que Callum estava a fazer, mas Ramsey tinha a certeza de que a irmã, que não era propriamente uma sonhadora, não iria ver as coisas da mesma maneira.

O rosto de Callum transparecia determinação.

– Ela vai apaixonar-se por mim – e, dito isso, os seus olhos revelaram algum desespero. – Que raio, Ram, tenho de acreditar nisso. Assim que a vi soube que era a mulher da minha vida.

Ramsey respirou fundo. Teria evitado muitas peripécias se tivesse sentido o mesmo da primeira vez que viu Chloe, a sua mulher. Os sentimentos que Chloe despertara nele não foram, de modo algum, os mais puros.

– Nós somos amigos, Callum, mas se fizeres alguma coisa à minha irmã vais ter um Westmoreland zangado aqui à tua espera quando voltares. Espero que as tuas intenções com a Gemma sejam a sério.

Callum inclinou-se para a frente.

– Eu quero casar com ela.

– Primeiro vai ter de aceitar o teu pedido de casamento.

Callum levantou-se.

– E vai. Preocupa-te com o filho que a Chloe vai dar à luz daqui a dois meses, que eu preocupo-me com a Gemma.

Capítulo Um

 

Gem, desculpa. Espero que um dia sejas capaz de me perdoar.

Niecee.

 

Gemma Westmoreland arqueou a sobrancelha ao ler o bilhete que estava em cima do ecrã do computador. Duas questões vieram-lhe de imediato à cabeça. Onde estaria Niecee, que devia ter chegado ao escritório há uma hora atrás e por que motivo se estava a desculpar.

Sentiu um arrepio na nuca e um pressentimento nada agradável. Desde há seis meses que andava com Niecee debaixo de olho, desde que a sua empresa, Designs by Gem, começou a dar lucro graças ao excelente contrato que tinha assinado com a Câmara de Denver para remodelar várias bibliotecas da cidade. Posteriormente, Gayla Mason pediu-lhe também para remodelar a sua mansão e, por fim, a sua cunhada Chloe contratou-a para remodelar a redacção da famosa revista, Simplesmente Irresistível, situada em Denver.

Gemma precisava desesperadamente de ajuda e Niecee tinha muito mais experiência na área da administração do que o resto das candidatas. Dera-lhe o trabalho sem confirmar as suas capacidades, algo que o seu irmão mais velho, Ramsey, desaconselhara. Gemma ignorou-o, achando que ficaria satisfeita com a sua expedita colega mas, agora, enquanto consultava a sua conta bancária através da Internet, perguntou-se se não deveria ter seguido o conselho do irmão.

Gemma tinha onze anos quando Ramsey e o seu primo, Dillon, assumiram a responsabilidade de criar treze irmãos, após a morte de ambos os pais num acidente de avião. Nessa altura, Ramsey passara a ser o seu apoio e figura protectora e agora era, aparentemente, o irmão que devia ter ouvido quando lhe deu conselhos sobre a gestão da empresa.

Deu um pequeno grito ao ver que a sua conta bancária estava com vinte mil dólares negativos. Com os nervos em franja, consultou as transacções e viu que lhe tinham cobrado um cheque no mesmo valor e do qual ela não tinha tido conhecimento. Agora percebia ao que Niecee se estava a referir.

Gemma deixou cair o rosto entre as mãos e sentiu vontade de chorar, mas conteve-se. Teria de engendrar um plano para recuperar o dinheiro em falta. Iria receber a qualquer momento as facturas dos fornecedores de quadros, obras de arte e objectos de artesanato, entre muitos outros e não tinha dinheiro suficiente para pagar as dívidas.

Começou a andar de um lado para o outro, furiosa. Mal conseguia acreditar que Niecee teve o atrevimento de lhe fazer uma coisa daquelas. Se precisava do dinheiro, era mais fácil ter-lho pedido. Embora não tivesse aquela quantia, podia ter pedido dinheiro emprestado aos irmãos ou aos primos.

Suspirou, frustrada. Teria de denunciar o caso à polícia. Não podia continuar a ser-lhe leal depois do que ela lhe tinha feito. Lembrou-se que Niecee andava muito taciturna já há alguns dias, ainda que na altura não tivesse suspeitado de nada. Gemma pensou que a ideia podia ter vindo do seu namorado inútil, com quem vivia e que nem sequer trabalhava. Mas, mesmo que fosse verdade, Niecee já tinha idade para saber o que estava certo e o que estava errado.

Sentou-se ao lado da secretária, tirou o auricular do telefone e voltou a pousá-lo. Se telefonasse ao xerife Bart Harper, que tinha sido colega de Ramsey e Dillon, ambos iriam acabar inevitavelmente por ficar a saber e eram as últimas pessoas que queria que soubessem do ocorrido, para além de ambos terem tentado dissuadi-la de abrir uma empresa de decoração de interiores.

No ano anterior, as coisas tinham-lhe corrido bastante bem. Ainda que ela estivesse a gerir a empresa sozinha, as suas irmãs, Megan e Bailey, ajudavam-na de vez e quando e os irmãos, Zane e Derringer, davam-lhe uma mão quando se tratava do transporte de objectos pesados mas, quanto aos encargos mais importantes, publicou anúncios em jornais e na Internet para encontrar a pessoa mais adequada.

Levantou-se e voltou a deambular pelo escritório. Bailey ainda estava na universidade, e não dispunha de muito dinheiro, e Megan comentara na semana anterior que estava a poupar dinheiro para as férias para visitar Delaney, que vivia no médio oriente com o marido e os filhos.

Zane e Derringer eram generosos e, como eram solteiros, tinham dinheiro disponível mas, tendo em conta que tinham juntado recentemente as poupanças para adquirir uma quinta para criação de cavalos com o primo Jason, não poderia contar com eles, sendo que o resto dos irmãos e primos ainda estavam a estudar ou tinham os seus próprios negócios e outras formas de investimento.

Onde é que ela iria arranjar vinte mil dólares?

Ficou a olhar para o telefone fixamente e apercebeu-se, quase de imediato, de que este estava a tocar. Pegou no auricular, à espera de que fosse Niecee a dizer que iria devolver-lhe o dinheiro ou, melhor ainda, que tinha sido tudo uma brincadeira de mau gosto.

– Sim?

– Olá, Gemma. É o Callum.

Ficou admirada por ser o responsável pela fazenda de gado de Ramsey quem lhe estava a ligar.

– Diz, Callum.

– Queria saber se estás disponível para falarmos de negócios.

Gemma arqueou uma sobrancelha.

– Sobre negócios?

– Precisamente.

Sentia-se ainda demasiado perturbada para ir a uma reunião, mas não podia deixar que tal interferisse com o seu trabalho.

– Quando é que te dá jeito?

– Pode ser hoje à hora de almoço? Podíamos ir ao McKay’s.

Ficou surpresa por ele ter proposto o seu restaurante preferido.

– Por mim, tudo bem. Vemo-nos então ao meio-dia – sugeriu ela.

– Óptimo. Até já, então.

Gemma ficou com o telefone nas mãos, absorta no seu encantador sotaque australiano, que lhe dava algum charme, para além de que era atraente, algo em que tentava não pensar. Mais que não fosse por ser amigo íntimo de Ramsey. Além disso, segundo Jackie Barnes, uma enfermeira que trabalhava no hospital com Megan e que se apaixonou por ele assim que ele chegou a Denver, tinha uma namorada na Austrália. Imaginou que podia estar novamente descomprometido, apesar de ser amigo do irmão mais velho.

Abstraiu-se daqueles pensamentos e, decidida a encontrar uma solução para o buraco financeiro da empresa, saiu do escritório.

 

 

Callum Austell recostou-se na cadeira do restaurante e olhou à sua volta. Fora ali pela primeira vez com Ramsey, quando chegou a Denver, e ficara imediatamente encantado com o restaurante. Achou que seria o lugar ideal para pôr em andamento um plano que já deveria ter posto em prática há muito tempo.

Não sabia com precisão quando é que descobriu que estava apaixonado por Gemma, mas calculava que tinha sido, provavelmente, no dia em que estava a ajudar Ramsey a construir o celeiro e Gemma voltou da universidade, no mesmo dia em que obteve a licenciatura, e saiu a correr do carro para abraçar o irmão mais velho. Callum sentiu como se tivesse levado uma pancada na cabeça e, quando Ramsey os apresentou e ela dirigiu-lhe um sorriso aberto, pensou que a sua vida nunca mais seria a mesma. Nunca acreditou quando o pai e os irmãos lhe diziam que iria perceber de imediato quando visse a mulher da sua vida.

Estava apaixonado há três anos, quando ela ainda só tinha vinte e dois. Esperara, pacientemente, que ela amadurecesse, observando-a à distância e, a cada dia que passava, mais apaixonado ficava. Finalmente, consciente do sentimento protector de Ramsey, principalmente no que dizia respeito às irmãs, Callum ganhou coragem e confessou ao amigo o que sentia por Gemma.

Inicialmente, Ramsey ficara apreensivo ao saber que o seu melhor amigo se sentia sexualmente atraído por uma das suas irmãs, mas Callum convenceu-o de que não se tratava só de desejo sexual. Gemma era a mulher da sua vida.

Ramsey vivera seis meses com a família de Callum, no rancho Austell, onde aprendeu tudo o precisava saber para abrir o seu próprio negócio em Denver. Durante esse tempo, foi também testemunha do quão dedicados os pais e irmãos do amigo podiam ser quando se apaixonavam.

O pai, que já tinha desistido de procurar o amor verdadeiro, regressava dos Estados Unidos para o seu país, a Austrália, onde estava comprometido com uma compatriota, quando conheceu a mãe de Callum, uma das hospedeiras do avião. Todd Austell fez de tudo para convencer Le’Claire Richards, de Detroit, de que romper o namoro e casar-se com ela era uma boa ideia e, trinta e sete anos mais tarde, continuavam casados e a amar-se, sendo os três filhos e filha uma prova disso, sendo Callum, o mais novo, o único que ainda estava solteiro.

Voltou a pensar em Gemma. Segundo Ramsey, era a mais atrevida e rebelde das irmãs. O amigo aconselhou-o a pensar com calma e juízo antes de tomar qualquer decisão. Mas Callum assegurou-lhe que lhe agradava uma mulher apaixonada e de personalidade forte e que tinha a certeza de que ela era a mulher dos seus sonhos.

Só lhe faltava convencer Gemma disso…

Sabia que ela não queria ter um relacionamento sério com ninguém, depois de ter testemunhado a forma como os irmãos e os primos tratavam as mulheres ao longo dos anos. Segundo Ramsey, Gemma não queria que nenhum homem fizesse dela o que bem lhe apetecesse.

Callum endireitou-se ao ver Gemma a entrar no restaurante. O seu estômago deu um salto, como era hábito sempre que a via. Afinal, amava-a. Levantou-se enquanto ela se aproximava da mesa. Gemma era muito elegante e devia medir um metro e setenta e quatro, o que assentava na perfeição com a sua altura, um metro e noventa. Tinha o cabelo escuro, à altura dos ombros e, naquele dia, trazia-o apanhado. Os olhos castanhos-claros brilhavam e estavam quase ocultos pela franja. Parecia nervosa, como se estivesse muito preocupada com alguma coisa.

– Callum – cumprimentou-o, sorridente.

– Gemma. Obrigado por teres vindo – estendeu-lhe a mão.

– Não tens de quê – Gemma sentou-se. – Disseste-me que querias falar de negócios…

– Sim, mas primeiro vamos pedir alguma coisa. Estou cheio de fome.

– Claro.

A empregada entregou-lhes duas ementas e deixou dois copos com água.

– Espero que gostes deste sítio.

– Adoro – Gemma sorriu. – É dos meus preferidos. As saladas são excelentes.

– A sério? Não sou muito fã de saladas. Prefiro um prato mais completo, como um bife com batatas fritas que, pelo que ouvi dizer, é muito bom.

– Não me admira que tu e o Ramsey se dêem tão bem. Agora que ele está casado com a Chloe deve sentir-se no paraíso. Ela é uma excelente cozinheira.

– Podes ter a certeza. Ainda me custa a acreditar que ele se tenha casado.

– Sim, amanhã fazem quatro meses de casamento e nunca vi o meu irmão tão feliz.

– Os rapazes também andam muito contentes, agora que a Nellie deixou de ser a cozinheira – comentou ele. – Era muito desorganizada e ninguém teve pena quando ela se foi embora para ir viver com a irmã, depois de o seu casamento ter terminado.

Gemma assentiu.

– Ouvi dizer que a nova cozinheira é muito boa, ainda que a maioria dos rapazes continue a preferir a comida da Chloe. Mas ela agora só quer saber do Ramsey e do filho que está quase a nascer. Estou mesmo ansiosa por ser tia. Tens sobrinhos?

– Sim, os meus irmãos estão todos casados e têm todos um filho, portanto já estou habituado a lidar com crianças. Também tenho uma afilhada que vai fazer daqui a nada um ano.

A empregada de mesa voltou nesse preciso momento, deixando Callum aborrecido, ao contrário de Gemma, que pareceu indiferente. Apesar de já ter visto Callum muitas vezes, nunca tinha reparado no seu peito entroncado e no quão masculino era. E tinha de começar a prestar atenção ao que dizia, em vez de como o dizia. O seu forte sotaque australiano excitava-a. Cada vez que falava sentia-se como se a estivesse a acariciar de forma calorosa e sensual. Além disso, era muito giro. Percebia perfeitamente porque é que Jackie Barnes, e muitas outras mulheres, tinham perdido a cabeça por ele. Era alto, forte e o cabelo castanho chegava-lhe aos ombros. Apanhava-o quase sempre num rabo de cavalo, embora naquele dia o trouxesse solto. Gemma ouvira-o a contar a Megan que tinha herdado os lábios carnudos e o cabelo escuro da mãe, de origem afro-americana, e os olhos verdes e os traços do pai.

– O que é que achas do Dillon e da Pamela?

Callum interrompeu-lhe os pensamentos.

– Acho que ficam muito bem juntos. Já há muito tempo que não tínhamos bebés na família e, graças à Chloe e à Pamela, vamos ter dois bebés para mimar. Estou tão contente…

– Gostas de crianças?

– Sim, sou louca por miúdos. Por isso é que as minhas amigas passam a vida a pedir-me para tomar conta dos filhos delas.

– Podes sempre casar e ter os teus próprios filhos.

Gemma fez uma careta.

– Obrigada, mas dispenso. Por agora, não estou a pensar casar, se é que alguma vez irei pensar nisso. Aposto que já deves ter ouvido a minha família a dizer que vou acabar encalhada porque não quero sair com ninguém. Estavam mesmo a falar a sério.

– E isso é por causa do que vias os teus irmãos fazerem quando eras mais nova?

Pelos vistos, sabia.

– Acho que vi e ouvi mais do que devia. Os meus irmãos e os meus primos têm fama de serem mulherengos. Não queriam saber se deixavam as raparigas destroçadas. O Ramsey costumava ter namoradas, mas o Zane e o Derringer eram uns garanhões. E continuam a ser. Ainda me lembro de eu, a Megan e até a Bailey, que na altura ainda brincava com bonecas, atendermos o telefone a raparigas a chorar e tristes, depois de terem levado uma grande tampa dos meus irmãos ou dos meus primos.

designers

– Vamos ver… Oito quartos, seis casas de banho, uma cozinha gigantesca, um salão de festas, uma sala de jantar, uma sala de estar, uma sala de cinema, uma sala de jogos e ainda uma sauna. É muito espaço para um homem solteiro.

Callum soltou uma gargalhada.

– Eu sei, mas também não estou a pensar ficar solteiro para o resto da vida.

Gemma assentiu, pensando que devia ter chegado a altura de ele assentar e mandar vir a namorada australiana. Voltou a olhar para as fotografias. Era um projecto muito tentador e, embora requeresse algum tempo, estava a precisar do dinheiro.

– O que me dizes, Gemma?

Ela olhou para ele e sorriu de orelha a orelha.

– Que acabaste de arranjar uma designer para o desafio.

Callum devolveu-lhe o sorriso e Gemma sentiu um arrepio no estômago.

– Gostava de a ver assim que fosse possível.

– Não há problema. Quando é que tens disponibilidade?

Gemma consultou a agenda do telemóvel.

– Amanhã por volta da uma, parece-te bem?

– Vai ser complicado para mim.

– Ah, estou a ver – presumiu que iria estar atarefado com a fazenda de Ram a essa hora, pelo que sugeriu outra data. – E que tal na quarta-feira ao meio-dia?

Callum riu-se.

– Não vou poder ir antes de segunda-feira ao meio-dia.

Gemma confirmou que estava livre nesse dia e assentiu.

– Perfeito. Segunda-feira ao meio-dia.

– Muito bem, vou então marcar os voos.

Gemma voltou a colocar o telemóvel na mala e ficou estupefacta.

– Desculpa, o que é que disseste?

– Estava a dizer que vou marcar os voos. Se queremos ver a casa na segunda-feira ao meio-dia vamos ter de sair, no máximo, na quinta de manhã.

Gemma franziu a testa.

– Na quinta-feira de manhã? Mas onde é que fica a tua casa, afinal?

Callum recostou-se no assento e sorriu, radiante.

– Em Sidney, na Austrália.