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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2007 Barbara Dunlop

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Uma vida emprestada, n.º 803 - Maio 2016

Título original: The Billionaire’s Bidding

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2008

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicadacom a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estãoregistadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises

Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8368-0

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

Emma McKinley devia ter-se sentido nervosa quando chegou aos escritórios dos hotéis Garrison, mas já não tinha forças, ficara sem emoções. Tudo começara com a morte repentina do seu pai. Depois, ficara a saber das dívidas dos hotéis McKinley. E mais tarde descobriu que tinham oferecido à sua irmã a única solução possível para salvar o negócio familiar.

Já só lhe restava a sua coragem e determinação, e estava decidida a mostrar isso a Alex Garrison, o director-geral dos hotéis Garrison.

Colocou a carteira debaixo do braço e dirigiu-se ao seu escritório, deixando que os seus sapatos de salto alto anunciassem a sua chegada no chão de mármore. Era a primeira vez que ali estava, até àquele instante não tinha tido motivos para visitar a concorrência da sua família, mas rapidamente encontrou o escritório principal.

Ignorou os olhares de curiosidade do pessoal administrativo e continuou a andar. Ninguém parecia querer detê-la. O senhor Garrison não estava à sua espera, mas Emma pensava que tinha todo o direito do mundo de se enfrentar a ele.

Não podia acreditar que, a só uma semana apenas do funeral, tivesse tentado aproveitar-se da sua irmã mais nova, Katie, com ameaças e propostas indecentes.

Emma respirou fundo. Parecia que, depois de tudo, ainda tinha emoções.

– Desculpe, senhora – disse-lhe alguém quando chegou a uma elegante parte do escritório.

Emma não respondeu. Não olhou para a mulher que lhe tinha falado nem parou. Estava a cinco metros da porta do escritório de Garrison. Quatro metros.

– Senhora – repetiu a secretária em voz mais alta.

Já só estava a dois metros da porta.

– Não pode…

Emma pousou a mão na maçaneta.

– Não pode entrar aí.

Mas ela já tinha aberto a porta. Quatro homens com fatos escuros e sentados à volta de uma mesa viraram-se para olhar para ela. Dois tinham o cabelo grisalho e olharam para ela com desaprovação. Outro dos homens era mais jovem e loiro. Tinha um sorriso, mas os seus brilhantes olhos azuis não a enganavam, parecia estar agradecido pela interrupção. O quarto senhor levantou-se imediatamente. Era moreno e tinha os olhos escuros e os ombros largos. Parecia preparado para a pôr fora dali sem pensar duas vezes.

– Lamento, senhor Garrison – desculpou-se a secretária entrando atrás de Emma. – Tentei…

– Não é culpa sua, Simone – respondeu ele sem deixar de olhar para Emma. – Posso ajudá-la em alguma coisa?

Emma mal conseguia disfarçar o seu aborrecimento. Concentrou-se em Alex Garrison.

– Pensava que ia deixar que se saísse com a sua? – perguntou-lhe.

– Como pode ver, estamos reunidos – respondeu Alex friamente.

– Quero lá saber se…

– Se quiser marcar hora para falar comigo…

– Não, obrigada.

– Então, vou ter de lhe pedir para sair.

– Sabe quem sou?

– Não.

– Mentiroso.

– Vou chamar os seguranças – disse Simone.

Alex levantou as sobrancelhas e olhou para ela com curiosidade. Parecia que não sabia mesmo quem era. Emma não podia acreditar. Era certo que Katie era a cara mais conhecida da empresa, mas ainda assim…

– Precisamos dos seguranças? – perguntou-lhe Alex.

– Sou a Emma McKinley.

Alex ficou muito surpreendido. Durante segundos, não soube o que dizer.

Depois, dirigiu-se aos outros homens.

– Se me dão licença, senhores, acho que devo dedicar cinco minutos à senhorita McKinley.

Os homens começaram a levantar-se, mas Alex levantou a mão.

– Não se mexam, eu atendo a senhorita McKinley na sala de conferências.

Alex apontou para uma porta com a mão para que ela passasse à frente dele. Atravessaram outra sala e entraram noutra. Era enorme e estava dominada por uma mesa oval, rodeada de cerca de vinte cadeiras, todas de pele grená. As grandes janelas davam uma espectacular vista de Manhattan. Ouviu a porta a fechar-se e virou-se para olhar para ele.

– Espero que possa ser breve – disse ele, enquanto se aproximava de Emma.

Ao perto era ainda mais impressionante. As suas costas eram largas e o seu torso forte e musculado. Tinha um queixo quadrado e os olhos cinzentos escuros.

Emma ficou com a sensação de que muito pouca gente o contrariava e vivia para o contar.

– Não vai casar com a Katie – disse-lhe ela sem rodeios.

– Acho que essa deve ser uma decisão da sua irmã – respondeu ele, encolhendo os ombros.

– Nem sequer respeita a morte do meu pai.

– Isso não melhora a sua situação financeira.

– Posso resolver a nossa situação financeira sozinha, obrigada.

Ao menos, era o que esperava. No pior dos casos, conseguiria outro crédito para a sua casa em Martha’s Vineyards, uma das zonas mais exclusivas do país.

Alex inclinou a cabeça para um lado antes de falar.

– Posso arranjar-lhes um crédito em vinte e quatro horas. Pode resolver a sua situação financeira assim tão depressa?

Ela não respondeu.

Ele sabia de sobra que Emma não tinha capacidade para fazer uma coisa dessas. Demoraria semanas ou mesmo meses, para conseguir decifrar o labirinto de créditos, hipotecas e dívidas deixado pelo seu pai.

Ficou com um nó no estômago. Não percebia porque é que o seu pai tinha tido de morrer tão jovem. Tinha imensas saudades dele. Pensava que ia poder contar com a sua companhia e conselhos durante muitos anos.

– Senhorita McKinley?

– Para começar, porque é que está tão interessado nos hotéis McKinley?

A cadeia de Garrison tinha uma dúzia de hotéis bem maiores do que os dela. Os hotéis McKinley eram mais pequenos, mas exclusivos.

– Não está a falar a sério, pois não?

Emma assentiu com a cabeça.

– Quero expandir o negócio, como toda a gente. E a sua empresa é a minha oportunidade.

– E não se importa com quem tem de pisar para conseguir o que quer?

Aquele homem tinha ganho a sua reputação a pulso. A imprensa elogiara-o um pouco mais durante os últimos meses, mas não enganavam Emma. Era um comprador com muito sangue frio que sabia tirar proveito das desgraças alheias.

Ele aproximou-se mais um passo e cruzou os braços.

– Acho que a Katie não lhe explicou bem. Sou eu quem está a fazer-lhes um favor.

Emma não podia mais, levantou o queixo antes de lhe responder.

– Como? Casando com a minha irmã e tomando o controlo da nossa empresa?

– Não, salvando-a da bancarrota. São insolventes, senhorita McKinley. Se não a comprarmos nós, então serão outros. É assim que funciona o mercado.

– Não me fale como se fosse estúpida.

Ele dedicou-lhe meio sorriso.

– Tal como eu o vejo, é uma situação com a qual ganhamos os dois

– Eu não acho.

– Isso é porque é idealista e pouco prática.

– Ao menos eu tenho alma.

– Da última vez que soube, o estado de Nova Iorque não pedia uma alma como requisito para montar uma empresa – respondeu ele.

– Não vai casar consigo.

– Explicou-lhe o acordo?

Katie já lhe tinha contado tudo. Alex queria a sua cadeia de hotéis, mas gastara milhares de dólares durante os últimos anos a tentar melhorar a sua imagem e não queria que a imprensa lhe caísse encima por tentar ficar com a empresa de duas jovens que acabavam de ficar sem pai.

Não queria publicidade negativa. Por isso fizera a proposta de casamento a Katie, para disfarçar as suas verdadeiras intenções.

– Ela contou-me tudo – respondeu Emma.

– Então, sabe que pode ficar com metade da empresa. E tem de me agradecer por permitir que fique com tanto.

– Já se apercebeu que está a comprar uma esposa?

– Claro que sim. E estou a pagar bem por ela.

Emma ficou sem palavras.

– Já acabámos? – perguntou ele.

Ela supunha que sim. Não sabia como sair daquela. Podia ameaçá-lo e sair a bater com a porta, ou jurar que nunca conseguiria tirar-lhes os seus hotéis.

Mas naquele momento, tudo lhe pareceu inútil.

Ele percebeu que a tinha posto entre a espada e a parede.

– Ninguém sofre com este acordo – disse-lhe. – A publicidade vai ajudar-nos a ambos. A imprensa vai adorar a fusão de duas famílias importantes da hotelaria. Contamos a história às mulheres jornalistas, que vão ficar completamente rendidas perante uma história tão romântica.

Emma passou as mãos pelo cabelo.

– Está a ouvir-se?

– O que é que quer dizer? – perguntou ele, atónito.

– Não lhe parece um plano um bocado frio e calculista?

– Já lhe disse que assim ninguém perde.

– E a Katie? E o David?

– Quem é o David?

– O namorado dela. Um jovem doce e carinhoso com quem namora há seis meses. Ele iria ficar humilhado e com o coração partido.

Alex calou-se. Durante um segundo, Emma pensou ver qualquer coisa humana nos seus olhos, mas não durou muito.

– Esse tal David vai ultrapassar isso. Pode sempre casar com ela mais tarde, quando ela valer ainda mais dinheiro.

Emma abriu a boca, mas não disse nada.

– E tu? – perguntou-lhe Alex, tratando-a por tu.

– Estou bastante triste – respondeu.

Embora isso fosse óbvio.

– Não quero saber do teu estado emocional. Tens namorado?

– Não – respondeu ela, confusa.

– Então, problema resolvido.

– O quê?

– Casa tu comigo.

Emma teve de se agarrar à cadeira que tinha mais perto.

– O quê?

Alex ficou a olhar para ela como se não tivesse acabado de lhe dizer para casar com ele.

– A verdade é que não me importo com qual das duas irmãs. Escolhi a Katie porque ela é…

– A bonita – acabou Emma.

Sabia que toda a gente pensava isso, mas não gostou de confirmar que ele também tinha reparado. A frieza dele magoava-a.

– Isso não é…

– Nem a minha irmã nem eu vamos casar consigo – interrompeu-o ela.

– Há uma terceira opção. Tenta arranjar um crédito. Vão ficar sem nada – ameaçou ele.

– A terceira opção é que eu consiga arranjar uma solução para os nossos problemas económicos. E vou começar a trabalhar nisso imediatamente.

Alex dedicou-lhe outro meio sorriso.

– Então, não darei por concluída a minha oferta até dentro de vinte e quatro horas.

Emma virou-se e foi até à porta. Ambos sabiam que ela nunca lhe iria perdoar pelo que estava a fazer.

– Não tem de fazer isso, senhor Garrison.

– Emma, dadas as circunstâncias, será melhor que me chames Alex.

Ela não se virou para olhar para ele, mas o som do seu próprio nome nos lábios de Alex conseguiu estremecê-la.

 

 

Duas horas depois, Alex reunia-se com os irmãos Rockwell e com Ryan Hayes.

– Suponho que acertaram todos os pormenores, certo? – perguntou-lhe Ryan.

Alex fechou a pasta que estava a ler e deixou-a sobre a mesa com cuidado.

– Não completamente.

– O que é que queres dizer com isso? – insistiu Ryan.

Alex suspirou e encostou-se para trás no maple. Esfregou as têmporas com os dedos. Cada vez lhe parecia mais ridícula a ideia de Gunter.

– O que quero dizer é que não acertámos pormenores.

– Mas vais casar.

– Estou a tentar – respondeu ele.

Ryan falou-lhe enquanto lhe apontava com o dedo indicador.

– Não vais tocar nesses hotéis a menos que cases com uma das irmãs McKinley. Alex, sabes que se não a imprensa crucifica-nos.

Alex cerrou os dentes. Pensara muito sobre tudo aquilo. Se dependesse só dele, pediria um crédito e compraria a cadeia de hotéis. No fim de contas, era assim o mundo dos negócios.

Mas Ryan e Gunter eram dois dos principais accionistas da empresa. Os dois pensavam que a má reputação de Alex como homem de negócios frio e calculista estava a prejudicar a empresa.

Por isso estavam a forçá-lo a comportar-se como um menino bonzinho, pelo menos em público. Não podia discutir nem franzir o sobrolho. Pensava que era só questão de tempo até lhe pedirem para começar a beijar os bebés que encontrava pela rua e que ajudasse as velhinhas a atravessar a estrada.

– Porque é que não casas tu com ela? – perguntou a Ryan.

– Por que não sou eu quem tem um problema de imagem pública. Além disso, também não sou o director-geral nem a cara da cadeia de hotéis Garrison. Os resultados do último trimestre aumentaram quinze por cento.

– Pode ser devido a qualquer outra coisa – respondeu Alex.

Não estava disposto a admitir que o espectacular aumento dos lucros se devia à melhoria da sua imagem.

– Então, de que detalhes estamos a falar? – perguntou-lhe Ryan.

– Como?

– Sim, quais são os detalhes que ainda tens para acertar com a Katie?

– Nenhum. Agora já não se trata da Katie, mas da Emma. E ela ainda está a pensar.

Alex não podia acreditar que, em menos de quarenta e oito horas, tivesse pedido em casamento duas mulheres diferentes.

– Pensei que tinhas pedido à bonita – comentou Ryan.

– A bonita disse que não, por isso pedi à Emma. Ela não tem namorado.

– Pois, imagino.

Alex ficou tenso. Era verdade que Emma não era espectacular como a sua irmã, mas não achava que isso fosse razão para insultá-la.

– O que é que queres dizer com isso?

– Que é dura e me mete bastante medo.

Alex levantou-se.

– És um cobarde – disse-lhe.

Ele não achava que Emma metesse medo nem que fosse especialmente dura. Achava, simplesmente, que se sentia frustrada e assustada. Situação da que ele podia tirar partido.

Ruan também se levantou.

– Qualquer uma das duas, Alex. Ou consegues que isso funcione, ou vamos ter de deixar passar a oportunidade.

Ele não tinha tanta certeza disso. Alguns dos hotéis McKinley estavam muito bem localizados, como o da praia da ilha de Kayven. Sabia que o valor daquelas propriedades aumentaria muito assim que instalassem lá umas marinas para cruzeiros.

Talvez tivesse de melhorar a sua oferta ou encontrar algum outro ponto fraco, mas o que tinha claro era que não ia deixar passar essa oportunidade.

 

 

– O que é que vamos fazer? – perguntou Katie.

Estavam no restaurante do hotel McKinley na Quinta Avenida, em Nova Iorque.

– Não sei – respondeu-lhe Emma sinceramente. – Vou ligar para o banco amanhã de manhã.

– E o que é que lhes vai dizer?

– Vamos tentar renegociar as hipotecas. Se calhar, podemos usar a propriedade de Marthas’s Vineyard como garantia.

– Isso não vai funcionar.

Emma não respondeu. Sabia que a sua irmã tinha razão. Nem a venda daquela casa conseguiria pagar uma mínima parte da grande dívida que o seu pai tinha contraído.

Os últimos anos tinham sido duros para a empresa. As despesas tinham aumentado e os níveis de ocupação tinham descido. O seu pai sempre se recusava a despedir funcionários. E os seus três hotéis em zonas de montanha estavam a ser remodelados. Mas os dois últimos Invernos tinham sido muito fracos, tinha nevado muito pouco.

Estavam metidas num grande sarilho, e Alex Garrison sabia disso. Era um homem imoral, mas não era burro.

– Vou ter de casar com ele – respondeu Katie com cara de derrota.

– E o David?

– Vou tentar explicar-lhe.

Emma deu um gole no seu Martini.

– Lamento, meu querido, mas vou casar com outro homem, embora seja só por dinheiro – disse Emma, imitando a voz da sua irmã.

– Não lhe diria assim.

– Não há nenhuma maneira boa de dizer isso. Soa sempre mal!

– Bom, então, tu estás disposta a casar com ele?

Emma não respondeu. A empregada tinha-se aproximado para lhes servir a comida.

– Ao menos eu não tenho namorado – murmurou depois da empregada se ter afastado.

Katie endireitou-se, havia alguma esperança nos seus olhos.

– Vais?

– Não, não digo que case – respondeu Emma, tentando pôr as ideias no lugar. – Não está certo. Repugna-me a ideia de nos termos de render àquele homem.

– Ao menos podemos ficar com metade da empresa…

Era verdade. Sonhava com poder contar com mais tempo ou com ter alguém que pudesse emprestar-lhes o dinheiro, mas não havia outra solução. E o pior era que o seu pai já não estava com elas. Os três tinham formado uma grande equipa.

– Emma, vamos ter de falar com o departamento legal. Temos de declarar bancarrota.

Emma suspirou. Não, não estava disposta a deixar-se vencer, não iam declarar bancarrota. Não quando tinham uma última oportunidade.

Decidiu aceitar a oferta de Alex Garrison. Se não a aceitassem, acabariam debaixo da ponte e todo o fruto do trabalho do seu pai acabaria em nada.

Pensou que depois do acordo com Garrison contavam com uns anos pela frente, e sempre podiam tentar voltar a comprar a sua parte da cadeia.

Além disso, Emma não tinha namorado nem pensava que fosse ter nenhuma relação séria em breve. Não conhecia muita gente, só uns chatos de uns directores de hotéis que não paravam de viajar de um lado para o outro.

Convenceu-se de que era apenas um casamento de conveniência, um casamento no papel e que não lhe ia custar grandes sacrifícios. Pensou que seria um casamento no registo civil, com umas quantas fotos para a imprensa e, depois disso, não ia ter de o ver muito mais.

Olhou nos olhos da sua irmã e disse-lhe o que decidira antes que mudasse de opinião.

– Temos de falar com os do departamento legal para assegurar-nos de que examinam a proposta de Alex.

– Vais casar com ele? – perguntou Katie com os olhos muito abertos.

Emma bebeu o Martini de um golo.

– Sim, vou casar.