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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2006 Barbara Dunlop

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

O amor perfeito, n.º 2101 - octubre 2016

Título original: The Perfect Boyfriend

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2009

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9203-3

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

– Quanto é que custa contratar um assassino? – Megan Brock entrou no apartamento da sua melhor amiga batendo com a porta.

Cacily Cassell esbugalhou os olhos enquanto levantava o pé do pedal da sua máquina de costura.

– Posso saber o que é isso que tens vestido?

– Um sutiã de cabedal – respondeu Megan.

Cecily olhou-a de cima abaixo e apontou.

– E… e…

– Uma saia a combinar. Achas que consigo encontrá-lo na Internet?

– Uma saia?

– Um assassino.

– Ah.

Megan ligou o computador.

– Tu sabes o que é que aquele bastardo me fez?

Cecily negou com a cabeça.

– Não imagino.

– Disse-me que sou uma reprimida – Megan cravou um dedo no peito. – Eu! Tu achas que sou uma reprimida?

– Não…

– Aparentemente, não grito o suficiente quando estamos na cama – continuou Megan, enquanto se ligava à Net. – Vê lá tu… Não sabia que havia um volume mínimo para os gritos.

A sua amiga abriu a boca para dizer alguma coisa, mas ela continuou a falar:

– Disse-me que era uma reprimida e que devia soltar o cabelo. E que queria ver-me com uma saia de cabedal.

– Deus do céu! – murmurou Cecily, atónita.

– E eu pensei: muito bem, talvez a nossa relação não tenha fogo de artifício e tal. Se calhar, em parte é culpa minha. Quem melhor do que eu sabe que tudo depende do embrulho? No fim de contas, dedico-me à publicidade. Se uma saia de cabedal o excita, qual é o problema? Megan escreveu a palavra assassino no campo de pesquisas do Google e carregou no botão de procura.

– Achas que aceitam Visa?

– Aceitam Visa em todo o lado.

– Isso é verdade.

– Cecily dirigiu-se à cozinha, virando-se para olhar por cima do ombro.

– Continua.

Megan olhou para a lista de sites no ecrã do seu computador.

– E como sou uma mulher muito pouco reprimida e liberada, pus uma saia de cabedal. E admito que me sinto mais sexy, sim. Mas depois vai o gajo e diz-me o do sutiã – então, virou-se para olhar para Cecily. – Pareço uma motoqueira do circuito do Daytona, não pareço?

A sua amiga inclinou a cabeça para um lado enquanto tirava gelo do congelador.

– O que mais me assusta é essa gargantilha de picos.

– Devia ter imaginado.

Megan tirou a estúpida gargantilha, sem deixar de olhar para o ecrã do computador. De momento, encontrara um serviço de pesca, várias páginas da polícia, um artigo do Texas Monthly e um campeonato de críquete de Londres.

– Tu achas que o FBI está informado sobre estas coisas?

– Sobre roupa de cabedal?

– Não, sobre as pesquisas na Internet.

– Eu acho que isso é a CIA.

– Ah, claro. E seguramente estão mais interessados no terrorismo internacional do que nas assassinas principiantes como eu, não é?

Cecily despejou cubos de gelo numa batedeira.

– Provavelmente. E o que é que devias ter imaginado?

– Que era um psicopata. Visto isto a pensar: está bem, dou uma volta pelo apartamento e pronto. Mas depois vai e diz-me que quer ir dar uma volta e eu digo-lhe que nem pensar, que não penso sair assim à rua – Megan começa a passear pela sala. – E então começa a protestar e a queixar-se, fazendo-me sentir culpada. Promete-me que descemos pelas escadas de incêndio, que só quer ir dar uma volta de carro para ver as luzes da cidade, que estou tão bonita, tão sexy, que não é capaz de aguentar…

Cecily pôs um pouco de tequila na batedeira.

– Nada reprimida – Megan levantou a voz. – Já te disse que não sou uma reprimida?

– Sim, disseste.

– Então, entramos no carro. Mas eu não me sinto assim tão sexy. Sinto-me reles e ordinária.

Cecily pôs mais um pouco de tequila na batedeira.

– E o que é que aconteceu?

– Vais-te passar. Leva-me para um sítio com as janelas tapadas por tábuas de madeira e diz-me que é um bar muito especial onde vou passar a melhor noite da minha vida. E então, os olhos dele iluminam-se, Cecily, juro-te que brilhavam, e diz-me que me vai mostrar o significado da palavra «respeito».

Cecily virou a garrafa de tequila na batedeira.

– Achas que uma lima é suficiente?

– Uma lima chega – suspirou Megan, furiosa. Se voltasse a ver aquele nojento…

– E o que é que fizeste?

– Como não estava bem posicionada para lhe espetar um salto nas suas partes baixas, saí do carro.

– Com esse aspecto?

– Enfiei-me num táxi… embora antes tenha recebido várias propostas muito lucrativas. – Megan apontou para a batedeira. – Acabas de preparar esses copos ou não?

– Sim, claro – Cecily carregou no botão da batedeira.

Megan dirigiu-se ao quarto enquanto atirava o sutiã e os sapatos contra a parede.

Andara com aquele imbecil três meses, sempre compreensiva quando não tinha dinheiro e ela tinha de pagar as contas, perdoando-o quando chegava tarde porque os seus amigos lhe tinham suplicado para que ficasse para beber mais uma cerveja, tentando não respirar o aroma do seu after-shave barato e, no geral, fazendo os possíveis para que aquela relação funcionasse.

Com vinte e cinco anos o seu relógio biológico não estava precisamente a incomodá-la, mas sempre pensara que conheceria o homem da sua vida na universidade. E agora, três anos depois de estar licenciada em publicidade e de ter aberto a sua própria agência, não havia forma de manter uma relação decente.

Será que já não há príncipes encantados?

Indignada, vestiu umas calças de fato-de-treino de Cecily e uma T-shirt larga suja de tinta.

Quando voltou para a sala, a sua amiga tinha feito um jarro de margaritas e Megan deixou-se cair no sofá, a suspirar.

– O próximo homem com quem sair só vai querer ver-me de fato-de-treino.

Cecily serviu dois copos e ofereceu um à sua desconsolada amiga.

– O próximo homem com quem sair vai ter um jet privado.

– Vai rir com as minhas anedotas – disse Megan, dando um gole.

Cecily sentou-se no sofá ao seu lado.

– Vai comprar-me flores.

– Vai ter sotaque australiano.

– Gostas do sotaque australiano?

– Gosto, é sexy. Gosto de sotaques.

– Ai, é? Vou mostrar-te o que significa a palavra «respeito», Sheila – disse com sotaque australiano.

Megan deu uma gargalhada.

– Estás a ver? Quando o dizes com sotaque australiano quase soa sensual.

A sua amiga negou com a cabeça.

– Não posso acreditar que disse isso.

– E eu não posso acreditar que vivi para o contar.

Cecily levantou o seu copo.

– Pelos nossos próximos namorados, que hão-de preparar-nos as bebidas.

– E que nos vão abrir a porta.

– Que vão pagar as contas todas.

– Que vai gostar da minha mãe, da minha avó senil e do meu cão.

– Mas tu não tens cão.

Megan encolheu os ombros.

– Se tiver, há-de gostar dele.

– Devias escrever isso tudo – sugeriu Cecily.

– Que boa ideia! – Megan levantou-se do sofá e aproximou-se da mesinha do telefone para pegar num bloco e numa caneta. – Assim temos uma referência para escolher com quem é que podemos andar – afirmou, bebendo o resto da sua margarita de um gole. – Pode ser que não voltemos a ter tão cedo as ideias tão claras…

– Há mais no jarro – disse Cecily.

Megan atirou a caneta e o bloco à sua amiga para ir encher os copos.

– Um que tenha o curso de massagista.

Cecily começou a escrever.

– E que se interesse pelo meu trabalho.

Megan encheu os dois copos.

– Isto é que devia estar na Net. De certeza que há milhares de mulheres interessadas na nossa lista.