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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2012 Maya Banks. Todos os direitos reservados.

NÃO QUERO AMAR-TE, N.º 1122 - Abril 2013

Título original: Undone by Her Tender Touch

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2013.

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-2930-5

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Capítulo Um

 

Não deveria ficar tão nervosa por organizar um catering para um grupo de ricalhaços, mas Pippa Laingley queria que a festa na nova casa da sua amiga Ashley Carter fosse perfeita.

Além disso, por que é que ia estar nervosa? Que a soma das contas correntes dos convidados fosse mais elevada que a dívida nacional não tinha por que fazê-la suar. Claro que estava prestes a abrir o seu próprio negócio e necessitava que aquela festa fosse perfeita para que houvesse publicidade boca a boca.

Suspirando, olhou para a imensa cozinha de Ashley para ver se faltava alguma coisa... claro que faltava. Onde estavam os malditos empregados?

Nesse momento abriu-se a porta e apareceu um rapaz que não podia ter mais de vinte anos.

– Onde está a tua farda?

– Que farda?

– Camisa branca, calças pretas, sapatos brilhantes... e o cabelo bem cortado, já agora.

– Desculpe, minha senhora. Pediram-me para vir à última da hora e pensei que tudo o que eu precisasse estaria aqui.

Pippa suspirou.

– É a primeira vez que trabalhas como empregado?

– Sim – respondeu o rapaz. – Ia vir um amigo meu, mas teve um problema à última da hora e eu vou fazer a vez dele.

Fantástico, pensou Pippa. Ela estava à espera de dois empregados e quem aparecia era um rapaz que não fazia a mínima ideia do negócio. De modo que ela teria de dar-lhe uma mão.

E ela a pensar que tomaria um copo de vinho com as raparigas, para falar sobre quão bonita era a nova casa de Ashley...

Agarrando no rapaz pelo braço, Pippa levou-o em direção às escadas.

– Tens de vestir qualquer coisa mais adequada.

Ele pestanejou, surpreendido, mas deixou-se levar até ao quarto de Devon. Pippa abriu o closet e procurou uma camisa branca e umas calças escuras.

– Despe-te – ordenou-lhe.

O jovem corou.

– Mas...

Ao ouvir alguém a pigarrear, Pippa apercebeu-se de que não estavam sozinhos.

– Talvez eu deva voltar mais tarde.

Ela fechou os olhos, mortificada, ao ver Cameron Hollingsworth apoiado no umbral da porta, olhando para ela com expressão trocista.

– Não sabia que gostavas deles assim tão jovens.

Pippa nunca tinha conseguido entender por que é que aquele homem a apanhava sempre com a boca na botija. Ela era uma mulher inteligente, concentrada, uma pessoa séria. Nunca ninguém a fazia sentir inferior, mas quando se cruzava com o amigo de Devon sentia-se como uma tola.

Mas não ia deixar que aquilo a afetasse, de modo que lhe tirou a camisa e as calças e dirigiu-se para a porta.

– Faz com que este rapaz se vista. Estou à espera dele lá em baixo daqui a cinco minutos.

Cam pestanejou, surpreendido.

Ah, fantástico, por fim tinha-o deixado boquiaberto.

– Esta roupa não é do Dev?

– Sim, mas preciso de um empregado e isto é tudo o que há – respondeu Pippa. – Não penso defraudar a Ashley e tu também não, por isso começa a trabalhar.

Depois saiu do quarto e desceu até ao primeiro piso, sem esperar a resposta de Cam.

Uma vez na cozinha, colocou as bandejas e os copos de champanhe enquanto murmurava asneiras, irritada por ter de servir os convidados de Ashley.

Tinha pedido três empregados e tinham-lhe enviado um universitário que necessitava dinheiro para cerveja. Fantástico!

Um minuto depois, o rapaz apareceu e, para surpresa de Pippa, quase parecia um profissional. A camisa e as calças ficavam-lhe um pouco grandes, mas tinha um aspeto limpo e apresentável. Até se tinha penteado.

Pippa pôs uma bandeja com tartes de lagosta nas suas mãos e empurrou-o em direção à porta da sala, onde Ashley e Devon estavam a conversar com os seus convidados.

Depois voltou à ilha e começou a servir vinho nos copos.

– Precisas de ajuda?

Pippa esteve prestes a atirar o vinho ao chão.

– Ajuda?

Cam assentiu com a cabeça.

– Parece que precisas. Como é que consegues fazer tudo isto tu sozinha? A Ashley deve estar louca para deixar que tu te encarregues do catering.

Pippa olhou para ele, exasperada.

– Para tua informação, os empregados não apareceram. Não tenho a culpa, a comida é impecável. Só preciso de alguém que a leve para a sala.

– Se bem me lembro acabei de te oferecer ajuda – disse Cam.

Pippa franziu o sobrolho. Por que é que tinha de ser tão bonito? Por que não podia ser feio como um bode? Ou careca, por exemplo? Ainda que alguns carecas não fossem nada feios. E por que é que ela não podia portar-se de maneira normal quando estava com Cameron Hollingsworth?

– Tu és um dos convidados e, além disso, isto não é o teu estilo. Estás acostumado a que te sirvam, não a servir os demais.

– E tu como é que sabes a que é que eu estou acostumado? – replicou Cam, agarrando numa das bandejas.

Atónita, Pippa viu-o sair da cozinha com a bandeja na mão e teve de suspirar, apoiando-se na bancada.

Cameron Hollingsworth era incrivelmente bonito, sexy e arrogante. Não deveria gostar dele, mas havia alguma coisa nele que a deixava louca.

Tinha-o visto frequentemente desde que Ashley tinha ficado noiva de Devon Carter porque Cameron e Devon eram amigos e sócios num consórcio de hotéis de luxo. Sendo a melhor amiga de Ashley, Pippa tinha ido a muitos eventos aos quais também ia Cam e até os tinham sentado juntos no seu casamento. E tinha sido um inferno estar tão perto que até podia cheirar o aroma da sua água-de-colónia com ele a mostrar-se totalmente indiferente.

Pippa suspirou de novo. Isso era o que mais a chateava: Cam era um homem lindíssimo, mas não podia estar menos interessado nela.

Talvez não fosse o seu tipo, pensou. O problema era que não sabia qual era o tipo de Cameron Hollingsworth porque nunca o tinha visto com uma mulher. Ou era um eremita ou nunca trazia as namoradas a público.

Pensando que estava a perder tempo, Pippa agarrou noutra bandeja, respirou profundamente e entrou na sala com um sorriso nos lábios, à espera que os seus dentes não estivessem manchados de batom.

Todos os convidados tinham copos de vinho na mão, portanto Cam tinha feito o seu trabalho perfeitamente.

– Olá, Ashley. Já chegaram todos os teus convidados?

– Para de te portares como se fosses uma empregada – respondeu a sua amiga. – Por que é que estão tu e o Cam a servir copos e aperitivos? E quem é aquele rapaz que tem uma camisa do Dev?

– Não te chateies, Ash. Não é bom para a criança.

Ashley cruzou os braços sobre o seu avultado abdómen.

– Pedi-te para te encarregares do catering porque precisava da tua ajuda e também para que as pessoas vissem que a tua empresa de catering é estupenda, mas não queria que tivesses de levar bandejas. Preciso da minha melhor amiga a meu lado, não a servir aperitivos!

Pippa suspirou, oferecendo-lhe uma tarte.

– Os empregados não vieram.

– Porquê?

– Não faço a mínima ideia, mas o único que apareceu é esse rapaz que tem a roupa do teu marido. Por isso só contas com o lindíssimo dos olhos azuis, com o rapaz e comigo.

Ashley fez uma careta.

– Referes-te ao Cam?

– Claro.

– O Cam é muito bonito mas não sabia que gostasses dele.

Pippa não podia nem olhar para ele sem ficar corada.

– A verdade é que não me importava nada de provar aqueles lábios – murmurou.

Ashley soltou uma gargalhada.

– Bem, bem...

– Não olhes para ele! Não quero que saiba que estamos a falar dele.

Ashley voltou-se para Cam, sem deixar de sorrir.

– Como é que conseguiste que ele te ajudasse? Fulminaste-o com os teus olhinhos verdes?

– Não faço a menor ideia – respondeu Pippa. – Na verdade, ofereceu-se ele e eu fui bastante antipática.

– Tu, antipática?

– Sim, eu.

Ashley pôs-lhe uma mão no braço.

– Estão a chamar-me. Pip, não me preocupa tanto a comida, mas sim que a minha melhor amiga esteja a trabalhar toda a noite. Deixa essa bandeja aí e serve um copo.

Pippa mudou a bandeja de mão enquanto olhava à sua volta. Havia demasiados clientes importantes para que ela perdesse aquela oportunidade. Ashley tinha-lhe aberto a porta e não pensava desaproveitá-la.

– Os teus convidados parecem famintos, já volto.

Antes que a sua amiga pudesse responder, Pippa afastou-se entre os convidados, sem deixar de sorrir.

 

 

– Estás louco?

Devon estava a olhar para ele como se tivesse perdido a cabeça e Cam pousou a bandeja vazia sobre uma mesa sorrindo ao ver a expressão do seu amigo.

– Não é a primeira vez que me perguntam isso.

– Estás a fazer de empregado?

– A Pippa precisava de ajuda e eu pensei que isso faria a Ashley feliz.

Devon franziu o sobrolho.

– Não me contes histórias, não acredito em ti.

Sem prestar atenção ao seu amigo, Cam procurou Pippa com o olhar. Movia-se com tanta graça entre os convidados que o tinha hipnotizado.

Há meses que a observava. Na verdade, tinha gostado dela desde o primeiro dia, ainda que só tivessem sido apresentados oficialmente na terceira vez que tinham coincidido num evento. Então tinha-a tratado como tratava a maioria das pessoas, com fria amabilidade, mas estava interessado nela.

Pippa não sabia, mas desde aquele dia observava-a como um predador observa a presa, à espera do momento adequado. E quando chegasse esse momento levá-la-ia para a sua cama e enterraria a cara na sua sedosa melena escura.

Quase podia sentir o roçar das madeixas a roçar os seus dedos. Imaginava-a em cima dele, com a cabeça para trás, a melena a cair pelas suas costas enquanto empurrava as ancas para a frente uma e outra vez...

Cam murmurou uma asneira quando o seu corpo reagiu perante tão erótica fantasia. Estava numa festa em casa de Ashley e Devon e deveria pensar em bebés, lares felizes, cachorrinhos e arco-íris, não em quando podia levar Pippa para a cama.

Mas tinha a certeza de que também ela se sentia atraída porque muitas vezes, quando ela pensava que ele não estava atento, tinha-a visto a olhar para ele. E Cam desfrutava daqueles olhares furtivos porque podia ver nos seus olhos o que sentia e estava desejoso de fazê-la suspirar de prazer.

– Cam! Estás a ouvir-me?

Ele pestanejou, lembrando-se de que Devon estava ao seu lado.

– Não tens de cuidar da tua mulher?

– Sabes que olhas para ela com cara de tolo?

– Não sei do que é que estás a falar.

– Por favor... – Devon soltou uma gargalhada. – Vai falar com ela e depois vão para vossa casa, homem.

– Não me importaria nada de tê-la no meu quarto fechada toda a noite.

Devon emitiu um suspiro de impaciência antes de se virar, mas Cam estava demasiado ocupado a observar Pippa para se aperceber disso. Ela estava à procura do rapaz com a testa franzida e não parecia muito contente...

Mas quando a viu dirigir-se para a cozinha, Cam agarrou na bandeja e foi atrás dela.

Encontrou-a a murmurar asneiras que fariam um camionista corar e sorriu quando ameaçou dar um pontapé no traseiro a todos os empregados que não tinham aparecido naquela noite.

– Onde está o rapaz? – perguntou-lhe.

Pippa sobressaltou-se.

– Por que é que fazes isso?

– A que é que te referes?

– Apareces sempre sem fazer ruído. Pregaste-me cá um susto...

Ele levantou as mãos, num gesto de inocência.

– E o rapaz?

– Desapareceu sem dizer nada. Nem sequer devolveu a roupa do Devon e aquela camisa custava mais do que uma bandeja de prata!

Cam pôs-lhe uma mão no braço e Pippa ficou imóvel, contendo a respiração. Não estava enganado, pensou, a sua pele era de cetim. Ou fazia exercício ou tinha tido a sorte de nascer com um corpo fibroso. Mas tinha quase a certeza de que fazia exercício porque parecia uma rapariga disciplinada.

– De certeza que o Devon não se importa de perder uma camisa. Certamente terá dezenas como essa, todas exatamente iguais.

Pippa sorriu, mas deixou imediatamente de fazê-lo, olhando para ele com expressão séria.

– Ainda bem que achas graça.

– Não acho graça. A única coisa que quero é estrangular aquele rapaz.

Cam passou o polegar pelo seu braço e Pippa ficou calada.

– Queres que leve uma bandeja de comida ou preferes que leve outra rodada de copos? Eu diria que tiremos umas quantas garrafas e deixemos que os convidados se sirvam sozinhos. Tu e eu podemos circular entre eles com bandejas de comida e ver como se embebedam.

Ela estudou-o por um momento, pondo a cabeça de lado.

– Não sabia que tinhas sentido de humor.

Cam franziu uma sobrancelha, surpreendido pela sua sinceridade. Mas depois, sem poder evitá-lo, soltou uma gargalhada.

Estava tão perto que o aroma de Pippa o envolvia, mantendo-o cativo, e quando afastou uma madeixa de cabelo da sua testa notou que era tão suave como tinha imaginado.

– Proponho que deixemos várias bandejas na sala e vamos para minha casa.

Ela abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa; o pálido verde dos seus olhos hipnotizava-o.

– Isso é uma proposta?

– Claro que sim.

– Imagino que podes fazer alguma coisa melhor.

– Melhor?

– Ou propões alguma coisa melhor ou vou para minha casa. Sozinha.

Ah, como ele gostava quando ela ficava irritada!

Cam puxou-a, apertando-a contra o seu tronco enquanto se apoderava da sua boca. E o mero roçar dos seus lábios despertou um incêndio dentro de si. Desejava-a desesperadamente.

Quando por fim se afastou, os dois respiravam com dificuldade.

– Que tal se te levar para minha casa e fizermos amor toda a noite?

Pippa passou a ponta da língua pelos lábios.

– Isso soa melhor.

A sua voz rouca chegou diretamente à zona erógena de Cam e apercebeu-se de que ia ter de se controlar para não fazer amor ali mesmo, na cozinha do seu amigo.

– Tu encarrega-te da comida – disse-lhe. – Eu encarrego-me do vinho.

Capítulo Dois

 

Quando saíram pela porta de trás, Pippa recebeu uma baforada de vento gelado na cara e soltou-lhe a mão para se embrulhar no casaco. Cameron voltou a agarrar-lhe no pulso para levá-la para o seu carro.

– Vieste de carro?

Não, ela não tinha carro. E também não tinha carta de condução, o que era um problema visto que necessitava de um veículo para ir aos eventos.

– Não, a Ashley enviou um carro para me ir buscar.

Cam arqueou uma sobrancelha.

– E como é que trouxeste todas essas coisas de Nova Iorque?

– Só pedi que me enviassem o vinho, o resto preparei eu aqui mesmo. A Ashley tem uma cozinha estupenda – respondeu Pippa. E sabia-o bem porque ela tinha enchido a despensa.

Cameron abriu a porta do Escalade e praticamente a empurrou em direção ao interior.

– O meu motorista leva-te de volta para a cidade de manhã.

Bem, parecia disposto a livrar-se dela mesmo antes de terem ido para a cama juntos, pensou Pippa, incomodada.

Cam entrou no carro e arrancou a toda a velocidade, apesar de saber que vivia perto dali. Meio quilómetro depois parou em frente a um portão de ferro e esperou que se abrisse antes de acelerar de novo para subir pelo caminho.

Pippa não conseguia ver nada na escuridão. Não havia nenhuma luz acesa na mansão e não tinha um aspeto muito convidativo. Perguntou-se a si mesma então se seria uma monstruosidade como um castelo medieval ou algo semelhante. Tinha ouvido Devon brincar com ela sobre «a sua gruta» e tinha curiosidade.

Antes de chegarem a casa as luzes acenderam-se de repente por controlo remoto.

Saiu do carro e sorriu quando ele lhe pôs uma mão nas costas enquanto entravam numa cozinha que a fez babar de inveja. Tinha um aspeto tão imaculado que parecia nunca ter sido usada.

Cameron levou-a para o hall de entrada e quando começou a subir as escadas Pippa quase teve de correr para segui-lo.

Quando chegaram ao espaçoso quarto principal estava sem respiração e, antes de poder respirar, Cam puxou-a para apertá-la contra o seu tronco e dar-lhe um beijo que a deixou estonteada.

– És lindíssima... – murmurou. – Dás comigo em louco.

Ela sorriu, satisfeita. Que mulher não se sentiria assim ao ouvir aquilo?

– Mas temos de falar de algumas coisas antes de nos deixarmos levar.

Embora falasse com calma, os seus olhos brilhavam de uma forma que a fez tremer. Desejava-a, isso era evidente. Nunca se tinha sentido devorada pelo olhar de um homem, mas era assim que ela se sentia naquele momento.

– A que é que te referes?

– Há coisas que deverias saber, coisas que tenho de deixar claro para que depois não haja mal-entendidos.

A curiosidade fez com que Pippa franzisse uma sobrancelha enquanto se sentava na beira da cama e cruzava primorosamente as pernas.

– Estou a ouvir-te.

Mas o que podia ser tão importante para deter um beijo?

Cam pigarreou antes de dizer:

– Não estou interessado em compromissos. Preciso que entendas isso antes de nos deitarmos juntos. Isto é só um encontro. Não te ligarei amanhã...

– Muito bem.

– E espero que te vás embora de manhã. O meu motorista leva-te à cidade.

Pippa sorriu, mas era claro que isso era o último que Cameron esperava. O que é que ele pensava, que se ia embora da sua casa indignada?

Sem deixar de sorrir, levantou-se para se aproximar dele e passou os dedos pelos botões da sua camisa.