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Apenas um homem, n.º 537 - março 2019
Título original: Royal Dad
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
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Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1307-636-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Créditos
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Epílogo
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Precisava duma esposa. Já deveria ter resolvido o assunto há algum tempo, mas tinha adiado o mais possível.
Apoiado no parapeito da sua varanda, olhou o pátio privativo, resplandecente ao luar. Sabia quais os requisitos para o cargo: descrição, graça, compreensão e respeito pela sua posição. Segundo os seus conselheiros, seria ainda uma vantagem se trouxesse relações políticas proveitosas.
A esposa de Michel falecera há alguns anos, deixando-o sozinho com o filho. Com uma abafada pontada de dor recordou a frágil Charisse. Ela fora uma esposa diligente e uma mãe carinhosa. Apesar do seu casamento com Charisse ter sido de conveniência, ou talvez por isso mesmo, Michel apenas chegou a sentir por ela um carinho terno e a necessidade de protegê-la. Quem mais sofrera com a perda fora o seu filho.
E agora, uma vez mais, os conselheiros de Michel tinham uma lista dos requisitos para o tipo de mulher com quem ele deveria casar; Michel tinha uma outra lista. Agora era maior de idade e não estava já tão disposto a aceitar cegamente a escolha dos seus conselheiros. A pessoa com quem se casasse teria de amar o seu filho como se fosse seu.
Se tivesse que pedir uma esposa por encomenda, diria que preferia uma mulher com um longo e suave cabelo negro e um corpo de curvas bem proporcionadas. Preferia uma mulher com voz suave e riso quente. E, o que era mais importante, obediente por natureza.
Moveu a mão e a lua fez cintilar o anel de ouro com o escudo real da Casa de Dumont. O anel era um mero símbolo da verdade que o acompanhava desde o nascimento: era o Príncipe Michel Charles Phillippe, herdeiro do trono de Marceau. O seu pai falecera há já alguns anos, mas Michel ainda o lamentava. A sua mãe, a Rainha Anna Catherine, apesar de ter dado à luz sete crianças, sempre fora mais uma governante que uma mãe.
Michel sabia que era invejado pela sua riqueza e poder. Sabia que existiam homens que sonhavam em ocupar o seu posto, em tomar decisões inapeláveis em todas as questões relativas ao seu país.
Michel, que experimentara o outro lado do poder, sentia, no entanto, um enorme respeito pela força das suas responsabilidades. Mas, apesar do seu poder, não conseguira deter o terrível furacão que devastara Marceau há alguns anos; embora tivesse o segundo posto mais alto do país, não podia eliminar do dia para a noite os sempiternos preconceitos raciais nem a ignorância. Não podia resolver todos os problemas do seu país num dia.
Por mais que fosse o homem mais rico de Marceau e o homem com mais poder do seu país, por mais que lhe tivessem ensinado, de pequeno, a manter-se à parte, continuava a ser apenas isso: um homem.